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GMW: Monsanto corrupting Brazil's officials?

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GMW: Monsanto corrupting Brazil's officials?

" GM WATCH " <info

Sun, 10 Jul 2005 22:34:48 +0100

 

 

GM WATCH daily

http://www.gmwatch.org

------

Helena Paul - co-author of Hungry Corporations - has forwarded us the

following bulletin of the movement for a GM-free Brazil, with the

comment, " They go on about corrupt governments in the G8 discourse, never

mentioning corrupt corporations. "

 

We're reproducing the bulletin even though it's in Portuguese, as it

contains important information about what's happening in Brazil and how

this may fit into a wider pattern.

 

The bulletin points out that between 1997 and 2002 Monsanto corrupted

around 140 government officials with the help of about 700,000 USD. The

main aim of the company's bribery is believed to have been to suppress

the legal requirment for environmental impact assessments on GM crops.

Monsanto has been fined 1.5 million USD for its corrupt behaviour. The

trouble is, says the bulletin, that the damage is done and the fine

means nothing.

 

That's what happened in Indonesia but the 2nd paragraph of the bulletin

says worrying facts indicate that what happened there may also be

happening in Brazil. Here are the main facts:

 

Last April, just after the approval of the biosecurity law,

representatives of biotechnology companies, probably at a meeting of

the Centre

for Information and Technology, CIT, an NGO financed by Monsanto,

Syngenta and others, wrote a project for a decree to regulate the law.

 

It's said that the legal consultant of the Ministry of Agriculture,

Marcio Mazaro, helped write the document. The project got to the Ministry

of science and technology where the services of Reginaldo Minare and

Darcisio Peronti were contracted.

 

The former is a strong pro-GM advocate and lobbyist as well as an

advisor to major biotech companies and similar organisations. The

latter is

also a strong pro-GM lobbyist. He was the final draftsman of the

Biosecurity law in the House of Deputies (the lower house).

 

According to informants, these lobbyists took the project to key

agricultural organisations and people in Brazil, such as Embrapa and

other

non-identified people to make sure the project is approved in the House.

 

This law, if approved, will make the liberation of transgenics very

easy and it tries to reintroduce into the law points not approved by the

House and others vetoed by Lula.

 

The project is now in an interministerial workgroup. The coordinator is

the lawyer Caio Leonardo Bessa Rodrigues, from the " Home affairs " (Casa

Civil) Ministry. He was in charge of government relations at a Law

firm, Pinheiro Neto Advogados, where he worked. One of its major clients

was Monsanto itself.

 

The project gives exceptional powers to the Minister of science and

technology, who in turn is involved in irregularities in the import of

transgenic corn. The import was in the interest of his electoral base,

poultry farmers in his State of Pernambuco.

 

There is no proof of corruption in all these transactions, but in light

of what happened in Indonesia, and taking into account the enormity of

the profits Monsanto could make in Brazil, many are raising eyebrows.

They believe that if Lula wants to show transparency in this case, he

should call a halt to the proceedings and at least remove Caio Leonardo

Bessa Rodrigues.

 

Many thanks to Irene Schardijn for explaining this part of the bulletin

to us.

 

For more on the Monsanto corruption scandal in Indonesia:

http://www.gmwatch.org/p1temp.asp?pid=58 & page=1

 

For more on 'Hungry Corporations: Transnational Biotech Companies

Colonize the Food Chain'

http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/1842773011/qid=1121030432/sr=1-2/ref=sr\

_1_2_2/202-2979527-6779832

 

------ Forwarded Message

Campanha Livre de Transgenicos <livredetransgenicos

livredetransgenicos

Fri, 08 Jul 2005 16:34:05 -0300

boletimtransgenicos

[boletimTransgenicos] BOLETIM 260 - POR UM BRASIL LIVRE DE

TRANSGÊNICOS

 

 

###########################

POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÊNICOS

###########################

 

Número 260 - 08 de julho de 2005

 

Car@s Amig@s,

 

A multinacional de biotecnologia e agro-química Monsanto foi pega com a

boca na botija subornando cerca de 140 funcionários do governo ao longo

dos anos 1997 a 2002, gastando perto de 700 mil dólares. Parte deste

suborno foi pago para conseguir a alteração ou supressão de um decreto

que exigia que estudos de impacto ambiental fossem realizados pelas

empresas, demonstrando a segurança das plantas transgênicas antes de

serem

liberadas comercialmente. A multinacional admitiu a culpa e pagou 1,5

milhão de dólares de multa para o Departamento de Justiça dos Estados

Unidos.

 

Alguma semelhança com o " mensalão " ? Calma pessoal! O dinheiro é pouco e

o fato acima ocorreu antes do Zé Dirceu começar a andar em " más

companhias " , e, mais importante, ocorreu na Indonésia. Outros fatos

preocupantes, entretanto, indicam que algo do mesmo gênero pode estar

em curso no

Brasil.

 

É preciso lembrar dos imensos interesses das grandes multinacionais de

biotecnologia como a Monsanto. Apenas o mercado brasileiro de sementes

de soja transgênica pode render, potencialmente, mais de 1 bilhão de

reais por ano em taxas de uso da tecnologia, sem falar das vendas casadas

de Roundup, o herbicida da Monsanto que " vai junto " com a soja a ele

resistente. A Monsanto sabe muito bem o tamanho de seus interesses no

Brasil e gastou, apenas em pouco mais de um mês de campanha publicitária

multimídia, no início de 2004, algo perto de 35 milhões de reais. Quanto

mais e de que forma terá gastado esta empresa (e outras) no Brasil para

atrair um governo que se elegeu com um programa que em três pontos

renega o uso desta tecnologia? Perto destes valores os recursos sacados

pelo agente do mensalão, Marcos Valério, chegam a ser irrisórios.

 

Especulações à parte, há fatos suspeitos que mostram uma condenável

mistura dos interesses públicos e privados nas discussões para

regulamentar a recém aprovada Lei de Biossegurança. Em Abril passado,

logo após a

aprovação da Lei, representantes das empresas, quem sabe reunidos no

Centro de Informações sobre Biotecnologia (uma ONG financiada pelas

companhias de biotecnologia), redigiram um anteprojeto de decreto de

regulamentação da lei, contando com a ajuda, pelo que circula em

Brasília, do

consultor jurídico do Ministério de Agricultura, Márcio Mazaro. Este

anteprojeto chegou ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que contratou

os serviços do advogado Reginaldo Minaré, que já tinha trabalhado como

consultor jurídico da CTNBio e das entidades de lobby pró transgênicos

ANBIO (Associação Nacional de Biossegurança) e CIB (Conselho de

Informações sobre Biossegurança), além do deputado e último relator da

Lei de

Biossegurança na Câmara, notório lobista pró transgênicos, Darcísio

Perondi. Segundo informantes, este consultor discutiu o anteprojeto das

empresas com técnicos da Embrapa e outros não identificados e conseguiu

torna-lo ainda mais favorável à liberação ultra facilitada dos

transgênicos, inclusive incluindo pontos que não foram aprovados na

votação na

Câmara e reintroduzindo outros vetados pelo presidente Lula.

 

O anteprojeto foi então encaminhado a um Grupo de Trabalho

Interministerial para deliberação. Deste GT fazem parte,

representantes dos

Ministérios da Agricultura, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia,

Relações

Exteriores, Meio Ambiente, Saúde, Justiça, Desenvolvimento Agrário,

Defesa e a Secretaria de Pesca, com a coordenação ficando ao cargo do

Ministério da Casa Civil. O técnico da Casa civil responsável por

coordenar

este GT estratégico é o advogado Caio Leonardo Bessa Rodrigues, assessor

da Subchefia de Assuntos Jurídicos.

 

O Dr. Caio não é exatamente uma pessoa neutra neste debate, pois fez

parte do escritório de advocacia Pinheiro Neto Advogados que tinha, entre

seus clientes mais importantes, a multinacional de biotecnologia

Monsanto, direta interessada nos procedimentos a serem regulados pelo

decreto

em discussão no GT por ele coordenado. O Dr. Caio atuava na área de

Assuntos Regulatórios e Relações Governamentais no escritório mencionado.

Em outras palavras, a função do Dr. Caio era de lobista da Monsanto.

 

A promiscuidade entre governo e empresas é patente neste caso dos

transgênicos e coloca sob suspeição o anteprojeto " do MCT " (na verdade

das

empresas), e o próprio coordenador do GT. É mais que suspeito o

anteprojeto dar poderes excepcionais ao Ministro de Ciência e

Tecnologia para

escolher os 12 cientistas que irão compor por até 6 anos a nova CTNBio,

quando este ministro não se incomodou com os procedimentos pouco sérios

na deliberação da CTNBio para importação de milho transgênico, pois tal

liberação interessava aos avicultores de Pernambuco, Estado de origem

do Ministro.

 

Não existem provas ou mesmo evidências concretas de corrupção neste

caso dos transgênicos no Brasil, mas o comportamento de parte do

Governo e

do Congresso, a culpa demonstrada da Monsanto na Indonésia, o ambiente

de promiscuidade entre os interesses privados e públicos que está vindo

à luz nestes últimos meses e a enormidade dos interesses em jogo

justificaria uma investigação sobre o que pode haver " por baixo dos

panos " .

 

Se o governo Lula quiser dar uma demonstração inequívoca de

transparência neste caso deveria retirar o anteprojeto de decreto de

regulamentação em debate e afastar o Sr. Caio desta discussão,

indicando pessoa com

indiscutível isenção para dar seguimento à mesma. Não se trata, agora,

de discutir as vantagens e desvantagens dos transgênicos, mas se o

governo vai tratar o assunto com isenção, seriedade, ética e

transparência

ou se vai seguir fazendo o que mandam as empresas.

 

Última informação, Beto Vasconcelos, outro que participa do grupo de

discussão para a regulamentação da Lei de Biossegurança, também é

conselheiro do CIB. Vale lembrar que a ONG é patrocinada por empresas

como

Monsanto e Syngenta.

 

******************************************************

Neste número:

 

1. Divergências sobre regras da nova lei de transgênicos

2. Soja RR: valor de royalties não agrada

3. Os camponeses e a invasão da soja

4. Porto rejeita cargas com transgênicos

5. Produtores paranaenses rejeitam soja transgênica

6. Japão identifica quarto carregamento contaminado com milho BT-10

 

Sistemas agroecológicos mostram que transgênicos não são solução para a

agricultura

Controle biológico da lagarta-do-cartucho

 

Dica de fonte de informação

 

Guia Transgênicos, disponível na seção " textos para download " do site

da AS-PTA:

www.aspta.org.br <http://www.aspta.org.br/>

 

1. Divergências sobre regras da nova lei de transgênicos

O grupo de trabalho constituído por representantes de 11 pastas e da

Casa Civil e responsável pelo decreto que regulamentará a nova Lei de

Biossegurança do país reúne-se hoje (quarta-feira, 6) em Brasília em

busca

de avanços em uma discussão que ainda gera incerteza entre os

agricultores. Mas, antes mesmo de ser avaliada pelo governo, a minuta

do decreto

- produzida pela secretaria executiva da antiga Comissão Técnica de

Biossegurança (CTNBio) - já é questionada por organizações

não-governamentais (ONGs) e deverá fomentar novas rusgas sobre a

segurança dos

transgênicos.

O Ministério de Ciência e Tecnologia (MC & T), que coordena o trabalho,

informou por meio da assessoria que a perspectiva é que o decreto seja

editado neste mês e que a CTNBio volte a operar em agosto. A minuta, a

qual o Valor teve acesso, estabelece normas de funcionamento do Conselho

Nacional de Biossegurança (formado por 11 ministros), da CTNBio, das

entidades de registro e fiscalização e do Sistema de Informações sobre

Biotecnologia (SIB).

Jairon do Nascimento, secretário-executivo da antiga CTNBio, disse que

a proposta de decreto foi elaborada com base na experiência da comissão

e inclui correções de " algumas falhas " do regime atual, como mudanças

no cronograma de reuniões e readequação do número de cientistas - que

passam de 18 para 27 com a lei.

Mas há outras mudanças alvos de questionamento. Uma delas é a definição

de que os membros da CTNBio devem ter doutorado e experiência nas áreas

de biossegurança, biotecnologia, biologia ou saúde humana e que os 12

cientistas e dos seis representantes da sociedade civil serão indicados

por entidades científicas e definidos pelo MC & T e Casa Civil,

respectivamente. Os outros nove membros, que representarão os

ministérios, devem

ser indicados, mas não precisam necessariamente ser funcionários das

respectivas pastas.

O MC & T enviou cartas às entidades científicas - como Sociedade

Brasileira de Genética, Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas,

Academia de Ciências e Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) -

para

receber indicações de nomes de cientistas. Jean Marc von der Weid,

coordenador do programa de políticas públicas da Assessoria e Serviços a

Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), criticou o método de

indicação. " Ele abre portas, por exemplo, para a indicação de

funcionários da

Embrapa, que desenvolve transgênicos e tem interesse na aprovação

comercial, ou membros do CIB, que é entidade científica e tem

representantes

de outras empresas " , afirma.

Ele também diz que a minuta não torna clara a necessidade de haver

representantes de todas as áreas (saúde humana, saúde animal,

alergologia,

toxicologia, meio ambiente, entre outras), e propõe que as decisões da

CTNBio, que pelo decreto são definidas maioria simples, sejam tomadas

somente com maioria absoluta. " Pela regra atual, se numa votação apenas

um especialista for contrário à liberação devido a problemas que o

produto causará em uma área específica, mesmo assim o produto será

aprovado " .

A AS-PTA também defende maior transparência nas decisões da CTNBio, com

audiências públicas e submissão dos projetos de liberação comercial à

consulta pública. Ele lembrou o caso recente da Monsanto, que não enviou

à Comissão Européia dados sobre o estudo que comprovava que seu milho

MON 863 causou danos à saúde de ratos.

Alda Lerayer, secretária-executiva do Conselho de Informações sobre

Biotecnologia (CIB), disse que a escolha dos cientistas para

participar da

CTNBio ajuda a tirar o caráter político e fundamentalista das decisões

sobre transgênicos. " A definição da nova CTNBio e a criação do

Conselhão, definidos pelo decreto, dão um caráter mais profissional às

discussões " , disse. Ela afirmou, ainda, que a regulamentação demora

mais do que

o desejado e que isso afeta a credibilidade do Brasil no mercado

externo.

Contexto

O Departamento de Agricultura da Tailândia quer que o Greenpeace envie

seu estudo que comprova que o mamão papaia transgênico testado em uma

estação de pesquisa de Khon Kaen estava contaminado com um gene de

resistência ao antibiótico tetraciclina, que causa riscos à saúde humana.

Segundo o governo do país, que ainda não aprovou o uso comercial do mamão

transgênico, a ONG ainda não mostrou provas de suas investigações,

informou o " Financial Times " . Segundo o Greenpeace, o estudo foi feito em

junho de 2004 e, à época, o governo da Tailândia disse ter destruído as

plantas transgênicas, mas foram encontradas árvores geneticamente

modificadas em duas províncias do país neste ano.

Valor Econômico, 06/07/2005

 

2. Soja RR: valor de royalties não agrada

A Monsanto anunciou, na semana passada, como será o sistema de cobrança

de royalties e de indenização pelo uso não-autorizado da tecnologia

Roundup Ready (RR), desenvolvida pela empresa e aplicada na soja

transgênica. O sistema, porém, vem provocando discordância nos setores

produtores de sementes e entre representantes de agricultores, que

pleiteiam

rediscutir o assunto. A Monsanto cobrará em royalties, por saca de 40

quilos de semente de soja transgênica certificada, o valor fixo de R$

35,20. Este valor deve ser adicionado ao custo da saca de sementes,

que hoje

está por volta de R$ 60 a R$ 70 e passaria a custar quase R$ 100. Os

royalties equivalem, em média, a R$ 50 por hectare plantado, conforme a

Monsanto.

A cobrança será feita pelas empresas multiplicadoras de sementes, que

repassarão a parcela em royalties que cabe à multinacional. Já no caso

de sementes piratas, a empresa cobrará uma indenização de 2% do

produtor, no momento da venda da safra. Conforme estudos realizados

por várias

instituições de pesquisa, além dos relatos dos próprios agricultores, o

ganho adicional que o uso da tecnologia RR tem demonstrado na soja é de

cerca de R$ 200 por hectare.

Valores Inversos

O setor de produção de sementes, representado pela Associação

Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), concorda com a cobrança,

" mas não com

os valores " , diz o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto. " Quem compra

soja transgênica certificada vai pagar mais do que quem plantou soja

pirata. "

" Quando concordamos em multiplicar as sementes, ainda não havia a

definição de quanto seria cobrado pelo uso da tecnologia, mas havia uma

promessa de que essa taxa não seria maior do que a cobrada pela semente

pirata. Isso é um estímulo ao plantio de soja pirata. " Outro

contra-senso,

para Miyamoto, é que o valor de R$ 35,20, além de caro, não deveria ser

fixo, mas variar conforme a região. " O valor da semente varia até R$ 7,

conforme a região. "

Na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, ainda não havia

ocorrido, até sexta-feira, nenhuma reunião para discutir a questão,

segundo o presidente da Comissão Nacional de Crédito, Carlos Sperotto.

" Temos de discutir isso. A Monsanto não pode definir tudo sozinha, sem

ouvir

o setor produtivo " , defende. " Apesar de ser uma tecnologia que a

Monsanto detém, nós queremos e vamos discutir " , concorda o

vice-presidente da

Federação da Agricultura de Mato Grosso, Rui Prado. Há, segundo ele,

vários assuntos, além dos royalties, a serem levados em conta, " como o

risco de contaminação da soja convencional pela transgênica " .(...)

O Estado de São Paulo, 06/07/2005

 

3. Os camponeses e a invasão da soja

A produção de soja avança nos campos paraguaios e retiram os camponeses

de suas terras. Um dos últimos fatos denunciados ocorreu no final do

mês passado quando produtores brasileiros de soja geneticamente

modificada, protegidos pela polícia e pelos militares do Paraguai,

atacaram a

comunidade camponesa Tekojoja, em Caaguazú.

Segundo informações das agências de notícias, a comunidade de Tekojoja

é um assentamento rural de 500 hectares, onde vivem 56 famílias

camponesas, localizado a 70 quilômetros da cidade de Caaguazú. Esta

comunidade

faz parte da Organização Agrária e Popular e parte do MCNOC

(Coordenadoria da Plataforma Nacional de Organizações Camponesas), Via

Campesina

Paraguai e da Frente Soberania e Vida.

Caaguazú, junto a San Pedro, são as regiões paraguaias onde mais tem se

expandido o monocultivo de OGM nos últimos cinco anos. Existem 2

milhões de hectares de soja geneticamente modificada no Paraguai e um

plano

governamental de expansão de 2 milhões de hectares a mais. Em tal país,

menos de 2% da população é dona de 70% da terra, territórios de onde

foram expulsos seus históricos habitantes.

A soja transgênica fundamentalmente dirigida à exportação é a causa

principal da grave situação. A média dos conflitos relacionados com a

terra tem aumentado nos últimos anos consideravelmente. Apenas em 2004

ocorreram 162 conflitos pelo solo e 118 ocupações de terras.

Tekojoja é um dos assentamentos rurais recuperados pela reforma

agrária, ainda que muitas dessas terras voltaram para as mãos de

fazendeiros

privados mediante manobras corruptas e ilegais, ou estafando os

camponeses. Tal é o caso da comunidade de Tekojoja, que foi, desde seu

começo,

ameaçada pela expansão dos monocultivos de soja transgênica.

Em agosto de 2004, a comunidade foi atacada, com o resultado de várias

pessoas detidas e outras feridas. No último dia 25 de junho, os

advogados Pedro Torrales e Nelly Varela irromperam junto com 150

policiais,

com a intenção de desalojar toda a comunidade. Durante o desalojamento e

ante a presença dos advogados, a população foi, selvagemente, acossada

e agredida. A polícia, seguida por paramilitares, desalojou e prendeu

as pessoas, destruiu as casas com escovadeiras e depois as incendiaram.

Foram levadas 130 pessoas, entre elas 40 crianças, e encarceradas em

Caaguazú. Galeano, um porta-voz da comunidade, relatou que, depois do

incidente, 29 homens, 119 mulheres e 40 menores foram libertados.

Alguns camponeses desapareceram. Durante o desalojamento, o pretendido

dono Adelin Osperman (produtor de soja brasileiro) juntamente com

alguns empregados com escopetas entraram com caminhões no local,

baleando os

camponeses e matando Angel Cristaldo (de 30 anos) e Leopoldo Torres (de

49 anos).Feriram outras cinco pessoas ante a vista dos policiais

presentes no terreno.

A organização camponesa programou várias manifestações para os próximos

dias. Será realizada uma marcha em Assunção, em aos frente escritórios

dos advogados, denunciado a conduta dos dois, que ordenaram o

desalojamento. Um deles, Nelly Varela, ordenou à polícia a retirar as

crianças

da escola, e levá-los à prisão, como se fossem criminosos, comentou

Galeano.

O Movimento Camponês Paraguaio (MCP) denunciou o governo presidido por

Nicanor Duarte Frutos e o responsabilizou pela repressão ao

assentamento camponês Tekojoja, onde atacaram 270 camponeses. " Exigimos a

liberdade imediata dos companheiros presos injustamente no cárcere da

cidade de

Coronel Oviedo " , declara a entidade.

http://www.adital.org.br/site/noticias/17486.asp?lang=PT & cod=17486

<http://www.adital.org.br/site/noticias/17486.asp?lang=PT & cod=17486>

, 04/07/2005

 

4. Porto rejeita cargas com transgênicos

O porto de Paranaguá rejeitou, na última sexta-feira, 28 caminhões de

soja destinada à exportação. As carretas portavam laudo que certificava

que a carga era composta por grãos convencionais, mas exames realizados

pela empresa pública de classificação Claspar encontraram traços de

transgenia. O governo do estado proíbe o embarque de transgênicos no

terminal.

De acordo com a Administração dos Portos de Antonina e Paranaguá

(Appa), a carga barrada pertence à empresa Adubos Viana, que no mês

passado

teve outros 101 caminhões impedidos de embarcar por conterem grãos

geneticamente modificados - carregamento que também possuía laudos

garantindo que a soja transportada era convencional. Os laudos dos

caminhões

recusados na primeira vez foram emitidos pela certificadora SGS do

Brasil,

que tem sede em Paranaguá.

O carregamento barrado na sexta-feira, por sua vez, recebeu

certificação de outra empresa, a Wakefield Inspection Services do

Brasil, também

sediada na cidade portuária. Em nota, o superintendente da Appa, Eduardo

Requião, afirma que existe " uma clara intenção de burlar as normas

instituídas pelo governo do estado do Paraná, que proíbe o embarque de

soja

transgênica para exportação " . E promete agir com mais rigor a partir de

agora, passando a reter os caminhões que até então eram apenas

obrigados a retornar ao local de origem.

Para a Appa, a Adubos Viana estaria utilizando um mesmo laudo - que

certifica que a soja é convencional - várias vezes para diferentes

cargas,

o que configuraria " falsificação documental " .

O gerente comercial da Wakefield, Luiz Alfredo das Neves, nega a

acusação. " Não houve má-fé, nem por parte da Wakefield nem por parte da

Adubos Viana " , diz. Segundo ele, o fato de a Wakefield ter

classificado como

convencionais cargas de soja transgênica seria conseqüência de

dificuldades técnicas comuns a esse tipo de procedimento, uma vez que as

análises são feitas a partir de amostras. Os 28 caminhões recusados na

sexta-feira pertenciam a um lote maior, de 38 carretas.

" A primeira análise da Claspar mostrou que todos os 38 caminhões tinham

soja transgênica " , diz Neves. " Mas uma segunda análise, feita a partir

de novas amostras, constatou que 10 deles tinham apenas soja

convencional. " Para ele, isso comprovaria que mesmo a Claspar encontra

dificuldades nas análises.(...)

Gazeta do Povo, Curitiba, 06/07/2005

 

5. Produtores paranaenses rejeitam soja transgênica

Produtor rural e presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais,

Pilatti Rosas descartou a hipótese de cultivar soja transgênica,

explicando

que não tem problemas com ervas invasoras em sua produção e que a

remuneração da soja transgênica não é favorável ao produtor: " Ainda não

estou vendo o custo benefício, não ganho nada para plantar

transgênico. Ao

contrário, tenho tido notícias de deságio na hora de vender o produto.

O mercado ainda não está muito claro " , afirmou.

Pilatti Rosas está aconselhando cautela para os produtores na hora de

optar pela soja transgênica. " Este ano está sendo muito difícil. O

agricultor já vai plantar no limite dos recursos e não pode correr

riscos.

Aconselho aos produtores que pensem e reflitam se esse é o momento

adequado para se arriscar " , advertiu.

Batavo - Também a Cooperativa Batavo segue a mesma linha de raciocínio

para esta safra. O gerente Antônio Carlos Campos destaca que a

orientação aos cooperados é de que nesta safra ainda não se plante soja

transgênica. " A Batavo tem um trabalho de rastreabilidade já com oito

anos,

garantindo o não plantio de soja transgênica e com isso tem agregado

valor ao seu produto " , declarou.

Segundo Carlos Campos, outro argumento contrário à soja transgênica

está no potencial produtivo das variedades de soja convencional adaptadas

para os Campos Gerais. " Os materiais transgênicos para a região ainda

não são tão produtivos como os convencionais " , explicou. Agravando ainda

este resultado para ele, o principal problema está no custo dos

royalties. " Com produtividade menor, o custo adicional de R$ 56 por

hectare,

acaba ficando pesado " . A cooperativa realizou testes comparando

produtividade e custos de produção da soja transgênica e da

convencional. A

convencional ganha em 180 quilos por hectare, o que hoje representa R$

105

de margem positiva para a convencional.

Royalties - Na semana passada, a Monsanto, detentora da tecnologia da

soja transgênica, divulgou informações sobre os royalties que serão

cobrados sobre as sementes. O valor dos royalties para as sementes

certificadas para a safra 2005/2006 será de R$ 35,20 por saca de 40

quilos de

sementes (R$ 0,88/kg de semente). Isso equivale, em média, a R$ 56 por

hectare plantado.

Os produtores estão confirmando que a produtividade da soja transgênica

é inferior a da soja convencional. Com o custo dos royalties e colhendo

menos por hectare, a opção por soja transgênica acabará acarretando

prejuízos elevados para os produtores Outro fator de receio é que não há

limite para a cobrança de royalties, que poderão ser reajustados

progressivamente pela Monsanto.

 

http://www.agenciadenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=12772

 

),

04/07/2005

 

6. Japão identifica quarto carregamento contaminado com milho BT-10

O Japão descobriu um quarto carregamento de ração contaminada com o

milho transgênico BT-10 vindo dos EUA. O importador terá duas opções,

segundo o Ministério da Agricultura: destruir o carregamento, ou mandá-lo

de volta para os Estados Unidos.

Amostras da carga norte-americana foram testadas e indicaram traços de

BT-10, a variedade de milho geneticamente modificado fabricada pela

Syngenta e não aprovada para distribuição. Em março deste ano, a empresa

informou que algumas de suas sementes de milho nos EUA foram

acidentalmente contaminadas com BT-10 entre os anos de 2001 e 2004.

O Japão possui uma política de tolerância zero com relação a

importações de OGMs não aprovados. O Ministério da Agricultura propôs

aceitar, no

entanto, carregamentos de ração com até 1% da variação do milho BT-10

para facilitar a importação de milho pelas indústrias japonesas, mas a

proposta ainda está sujeita à aprovação da Comissão Japonesa de

Segurança Alimentar, um órgão independente.

De acordo com um comunicado do Ministério da Agricultura, divulgado na

última quarta-feira, o carregamento chegou ao porto de Tomakomai, no

norte da ilha de Hokkaido, no dia 20 de junho. O ministério não informou

o nome da empresa importadora.

Esta foi a quarta descoberta de carregamento contaminado com o BT-10

vindo dos EUA, desde o dia 23 de maio. Outros ainda poderão ser

descobertos, uma vez que o Ministério da Agricultura determinou que se

aplicassem testes em todos os carregamentos vindos dos EUA.

http://www.checkbiotech.org/root/index.cfm?fuseaction=news & doc_id=10727 & start=1 & \

control=226 & page_start=1 & page_nr=101 & pg=1

 

<http://www.checkbiotech.org/root/index.cfm?fuseaction=news & doc_id=10727 & start=1\

& control=226 & page_start=1 & page_nr=101 & pg=1>

 

, 07/07/2005

 

Sistemas agroecológicos mostram que transgênicos não são solução para a

agricultura

Controle biológico da lagarta-do-cartucho

Um inseticida eficaz, seguro para o meio ambiente e para o homem. Essas

são apenas algumas das vantagens do bioinseticida que está sendo

desenvolvido por pesquisadores do departamento de Farmacologia do ICB em

parceria com a Embrapa de Sete Lagoas. A " vítima " é a praga agrícola do

milho, a lagarta Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho), que come o

cereal e suas folhas. Responsável pela perda de cerca de 30% da

produção, a lagarta ainda é combatida com inseticidas químicos, que,

apesar de

eficientes e apresentarem custos baixos, podem provocar graves danos

ambientais. Alternativa a inseticidas convencionais, o bioinseticida é

baseado na ação de um vírus específico para inseto, chamado baculovírus,

que existe na Natureza. Apesar de ser letal para a lagarta, sua ação é

lenta. " Estamos elaborando sistemas para acelerar o processo de morte

da lagarta infectada pelo baculovírus " , conta Evanguedes Kalapothakis,

um dos coordenadores do projeto. Esse processo é feito pela manipulação

genômica. " Introduzimos no DNA desse vírus o gene de uma toxina que

ataca o sistema nervoso da lagarta. " Assim, o vírus mata a praga mais

rapidamente.

Como os baculovírus agem lentamente, os pesquisadores buscam formas de

potencializar sua atuação. Uma possibilidade seria pesquisar exemplares

de baculovírus de maior poder letal contra as lagartas. No entanto,

esse processo de genética seletiva é lento, podendo levar décadas até que

se obtenha o vírus com as condições e características ideais para

substituir o inseticida químico. " Optamos, então, por uma estratégia mais

rápida e eficaz, a modificação genética dos baculovírus, por meio da

introdução de genes relacionados à produção de toxinas em seu genoma " ,

conta o professor Evanguedes Kalapothakis, que coordena a pesquisa

juntamente com o professor Marcus Vinícius Gomez e o pesquisador Ivan

Cruz, da

Embrapa. Os genes, originários de aranhas e escorpiões, são

selecionados a partir do isolamento e caracterização de toxinas

produzidas por

esses animais. " Escolhemos genes de toxinas que atacam o sistema nervoso

da lagarta e não atuam em mamíferos e em aves " , explica Kalapothakis. As

modificações genéticas já testadas nos baculovírus aumentam sua

capacidade letal, reduzindo o tempo de vida da lagarta em até 20%. " Os

resultados já são significativos, mas nossa meta é chegar aos 50% " ,

completa o

professor.

A Embrapa, além de realizar pesquisa em seus próprios laboratórios,

fornece lagartas para os experimentos e disponibilizará baculovírus por

ela patenteados, específicos para o combate da praga do milho. Os

pesquisadores também pretendem encontrar parceiros na iniciativa

privada, já

que o bioinseticida possui um grande potencial econômico: " A demanda

pela produção de sistemas mais seguros para o meio ambiente e para os

seres humanos vem da própria sociedade, que já percebeu a dimensão dos

prejuízos provocados pelos inseticidas químicos " , afirma o professor

http://revistapesquisa.fapesp.br:2222/transform.php?xml=4/0/20020604/20020676/pt

/SUB71_5.xml & xsl=xsl/pt/section.xsl & transf=normal & id=SUB71_5 & lang=pt & subsection=\

SUB71

 

Dica de fonte de informação

No folheto " Guia Transgênico " , que pode ser lido no site da AS-PTA,

encontram-se informações detalhadas sobre os organismos geneticamente

modificados, tais como os supostos benefícios proporcionados pelos

transgênicos, o controle sobre as sementes, a Lei de Biossegurança, a

obrigatoriedade da rotulagem, etc.

Disponível no site www.aspta.org.br <http://www.aspta.org.br/>

 

 

 

 

 

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